Caros amigos,
Aqui ficam várias fotos tirados no Sábado, dia 21 de Outubro, no FIBDA, dia em que apresentámos oficialmente os primeiros números do SUPER PIG e do C.A.O.S., e em que tivemos opotunidade de dar os primeiros autógrafos. Obrigado pela adesão e esperamos novamente por vocês este fim-de-semana!
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Comentários
Em relação a todo o design da revista também gostei, vê-se um cuidado enorme e louvável e 'pano para mangas' para evoluir. Os vários ícones que vão surgindo ao longo do ‘comic’ estão perfeitos. Quem os desenhou?
Só não gosto da personagem antropomorfizada (sobretudo sendo a raíz o porco, como já te tinha dito), e também não gosto do enquadramento socio-economico da mesma. Porque raio é que foste dar um contexto daqueles ao tipo? Mais parece um romance da Margarida Rebelo Pinto. Desculpa dizer isto mas foi o que senti. Gosto do ambiente urbano repleto de design, mas não poderias tratar isso como o faz o Star Wars II e III? O design e a sofisticação dos ambientes servem apenas para saturar a visualidade do filme, saturação essa magnífica esteticamente, e sem conotações snob, no sentido de acumulação de signos de status. Ainda não li tudo, mas não é nesta BD que vais incluir o plot sobre o Shakespeare de que me falaste? Era uma excelente ideia misturar o excesso barroco (visual) e o excesso na utilização de design que se vê hoje em dia, mas sem que isso implicasse uma contextualização socio-economica repleta de tiques sociais.
À parte isto, espero que estes projectos tenham continuidade, e que todos os envolvidos possam continuar a desenvolver-se artistícamente. Dei uma olhada ao outro comic e pareceu-me ter uma narrativa dura, em que cada vinheta parece o resultado compassado perfeito para o ritmo intenso do argumento que lhe dá origem, uma espécie de 'pontapé no estômago', seca, directa e brutal como parece convir ao tema tratado. Um ritmo acelerado, mas marcado por muita incisão a cada tomada de plano, como se houvesse um pulsar da violência do tema tratado bem incrustado no ritmo narrativo (visual, claro). Gostei também, e, sendo de tema político e de acontecimentos 'antigos-recentes' (25 de Abril) tratados por gente jovem, num mundo em mudança absoluta de paradigma mas sem que haja um paralelo no empenhamento político das pessoas, ainda mais interessante se torna.
Parece-me que o teu imprint pode vir a trazer para Portugal alguma BD de pendor comercial mas com profissionalismo crescente, e até, quem sabe, segundo promete a do 25 de Abril, com algumas incursões para temáticas ‘Vertigo’, o que seria excelente. Era bom que a BD mais experimental e autoral também se mantivesse, mas que fosse pela primeira vez (pelo menos desde 'O Mosquito' ;) LOL) complementada a este nível, Força aí para vir a existir esse complemento.
Um abraço
Pedro Farinha Gomes