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UMA CRÓNICA VINDA DE BEJA - Por favor, contem-me histórias!

Por Fernando Dordio Campos

Como o Mário constata no seu artigo anterior, existe um claro divórcio entre o público e os eventos de BD realizados de Norte a Sul do país. Não penso ser na divulgação que se encontra o verdadeiro problema, mas fundamentalmente no conteúdo da Banda Desenhada feita em Portugal. Indo ao evento de Beja e convivendo com seus os habituais frequentadores, senti-me mal, senti-me um bocado desprezado. Não é que me sinta mal com isso, mas a meu ver essa sensação explica muita coisa.

Eu sou orgulhosamente argumentista, gosto de escrever, já escrevi para diversos meios por prazer e gosto fundamentalmente de contar histórias. Procuro o melhor para o processo criativo, indo a Workgroups, lendo livros e colocando a minha escrita à prova, escrevendo para meios que não conheço e que por uma questão de desafio me atraem. Há cerca de dois anos não sabia nada de argumento de BD, mas a curiosidade fez-me estudar o tema e acho que actualmente consigo contar uma história de um modo honesto e dirigida ao público, sem de qualquer modo deixar de ter o meu toque pessoal.

E porque me senti desprezado? Fundamentalmente porque o argumentista, em Portugal, não existe. O argumentista e o ilustrador confundem-se, sendo na maioria das vezes o mesmo. A cereja em cima do bolo é o facto da maioria dos seguidores da bd nestes eventos achar isso perfeitamente normal. Não vamos pensar que todos os artistas são “Frank Millers”, que escrevem para a sua espantosa arte. O Sr. Milller se não fosse um magnífico artista, nunca teria o prestígio somente pelos seus textos, isso é certo. O inconfundível Geraldes Lino fala muitas vezes que não existem exposições de argumentistas de BD. No entanto, acho isto uma estranha verdade de La Pallice, porque as pranchas de um verdadeiro artista não têm o texto lá. Nesse caso, iríamos expor o quê? Folhas de argumento? Poderá ser, mas terá de ser em casos de argumentista muito especiais.

Preocupante foi igualmente a falta de conhecimento da equipa do Fato de Macaco sobre o livro que estavam a apresentar. Foi necessário chegar então o autor do livro, Rui Gamito, para falar sobre a sua personagem e o livro, Fato de Macaco. Lembro-me de o ouvir dizer que o melhor da personagem é o facto de não ter um passado e não ter um presente, exceptuando o que acontece no livro, propriamente dito. Tecnicamente o livro é bem interessante, está bem elaborado e tem um formato comercial bastante apelativo, mas aqui está o problema da falta de vontade de contar uma história planeada e bem pensada. O Fato de Macaco parece um híbrido do maior problema da banda desenhada, a falta de histórias, mas neste caso com um grafismo interessante e comercial.

O Venham +5 é um fanzine interessante, mas como todos os fanzines nacionais, sem argumentistas residentes. O grupo de artistas, segundo o Paulo Monteiro, é difícil de encaminhar para argumentistas por problemas de egos. Não consigo, e disse-o na altura, perceber a dificuldade em articular um argumentista com um artista. O argumentista tem de ouvir o artista, tem de perceber os seus gostos e tem de ser humilde para colocar essas ideias na história. Mais do que em qualquer outro local, têm de ser uma equipa unida e pronta para a luta. Depois, é fundamental existir um editor atento, que na terceira pessoa olhe para o trabalho com olhar sincero e crítico. É fundamental não esperar, como se vê nestes eventos, pelo: “Sabes desenhar! És muita bom!” e todo o tipo de elogios fácies e estéreis.

Os fanzines são um outro problema, que atrasa a banda desenhada em Portugal. Não tinha a mínima consciência da importância dada a estes trabalhos de fãs no panorama nacional. Como a palavra diz, trabalho de fãs, que poderá ser uma interessante rampa de lançamento, mas nunca um meio em si. O erro é que passam tempo demais a louvar fanzines, e existe um culto sobre os criadores deste tipo de formatos. Não tenho nada contra cultos, mas talvez histórias de 5 ou 6 páginas nunca terão a profundidade suficiente para deixarem um eco na nossa memória. Ou não? O Will Eisner tinha grandes problemas de espaço e mesmo assim tornou o The Spirit uma personagem memorável. E se pensarmos no Peanuts? Ainda teremos dúvida que o maior problema é a falta de enredos e a necessidade que o público tem de lhe contarem boas e imaginativas histórias. A arte é tanto mais enriquecida, quanto melhor for o meio que tiver para brilhar.

Fernando Dordio Campos

Comentários

Boa tarde a todos os envolvidos na aprovação de comments deste blog(king pin of comics). Não nos conheçemos, já nos vimos em beja, e tivemos a oportunidade de partilhar o memo espaço de conferências. Chamo-me Rui Lacas, e sou um autor independente de banda desenhada português, ou seja, faço banda desenhada por prazer, não estou ligado a lobbys ou lá o que isso é... Tenho um grupo de amigos com quem partilho estudio, e vamos fazendo trabalhos amadores de banda desenhada, com a qualidade máxima que cada um consegue, com espirito aberto, onde a humildade e a autocritica conscientes funcionam como valores já sedimentados, e onde a pobreza de espirito e a mediocridade são pouco saudados.
Não tenho por costume envolver-mer em brigas e zaragatas, e talvez não fosse necessário envolver-me nesta, mas a todos vós peço que procedam á leitura de dois posts publicados por vós no vosso blog(http://kingpinofcomics.blogspot.com), onde são expressadas opiniões que a mim me parecem vestidas de inexatidão, arrogância, e de uma enorme falta de elegãncia para com os envolvidos.
Não vou falar na banda desenhada portuguesa, pois ela nunca esteve tão bem. Talvez para os recem entrados ela pareça fraquinha, e é, mas para que cá anda há já várias gerações(lino, primeiro, pepe, depois, eu a seguir, jorge e gamito, pouco depois), os dizeres das gentes deste sitio parecem no minimo irrealistas, e de quem busca uma imediata e pouco verdadeira autopromoção associada a um espirito difamatório que decerto não serve á banda dersenhada em portugal.
O mercado dos fanzines, por onde os autores devias TODOS começar, tem vindo a regredir em quantidade, fazendo surgir prozines de grande qualidade como o venham mais cinco, onde autores emergentes como a Susa e o Paulo( sim, o Paulo Monteiro que ninguem fala dele, e ele também não fala de ninguem, mas tem vindo a fazer um trabalho enorme na bd em Portugal, e tambem desenha pra caramba). E depois aparecem pseudo-zines, com aspiração a revista mainstream, que ganham pseudo-prémios, dispara opiniões pseudo fundamentadas em pseudo direcções.
Ainda bem que há 200 cromos na bd em portugal, já não somos assim tão poucos, e decerto companheiros como vocês não fazem cá falta.

Agora já sei que o lino me vai partir a carola pelos erros ortográficos, e que vocês vão partir a carola a pensar nisto. Trabalhem bem, com afinco e humildade, e deixem de olhar para o lado.

Saudações bedéfilas
Rui Lacas
Fujiman disse…
Olá Fernado, sou o Jorge, paginador do "Fato de Macaco"... Passo a explicar como paginador, tenho de juntar nas páginas reais do livro, os conteúdos; texto e imagem....
Como podes imaginar que eu não conheço o que fiz? Disse imaginar de propósito, pois se calhar não leste a estória, se calhar folheaste o livro e achaste que ele apareceu de uma imaculada concepção...
Ninguém escreveu aquele "script", nem desenhou, nem coloriu, paginou, nem editou...
...mas foram essas as pessoas que estiveram à tua frente, mais o autor, que escreveu e desenhou.
Há livros e obras com grafismo interessante e comercial feitos "sem querer"...
Sem que a equipa envolvente saiba o que está a fazer...

O Gamito falou em personagens ABERTAS, e explicou... não fixaste?

Fui convidado para colaborar (gratuitamente ou à amador...) com a tua "editora", sabes porquê? Porque acho que "...o que temos de estar unidos...", assim sendo continuo à disposição.

Atenciosamente
JCoelho
Mário Freitas disse…
Caríssimos,

Vou obviamente falar apenas por mim e não pelo Fernando; ele que diga o que lhe aprouver, como aliás fez quando escreveu a crónica que aqui publiquei.

Jorge, a "editora" (como bem disseste), é minha e não do Fernando.

Lacas, essa apresentação toda era escusada porque sei perfeitamente quem és, tal como presumo que saibas perfeitamente quem eu sou.
Acho estapafúrdia essa tua reacção, completamente 'over the top', e a falares desse modo não sei honestamente de onde partirá a arrogância, inexactidaão e falta de elegância.

Quem é que aqui difamou alguém , porra? Não se podem ter opiniões, é? Temos de andar constantemente a dar palmadinhas nas costas uns dos outros e dizermos uns aos outros que somos os maiores? Não contem comigo para essa merda. Digo o que penso e não receio de dizer o que penso, porque não devo nada a ninguém. Faço os elogios que julgo dever fazer, mas nunca me coibirei de criticar o que penso ser criticável, quando achar que o devo fazer.

Não sei se faço cá falta ou não, mas uma coisa te posso garantir: nunca deixarei de olhar para o lado, e sobretudo para a frente, porque no dia que deixar de o fazer, provavelmente passo a fazer como muitos outros que se limitam a contemplar o próprio umbigo.

Um abraço.
Anónimo disse…
No festival o que mais me impressionou, sem qualquer dúvida, de artistas portugueses, foram os originais da Susa. Penso não precisar de dizer mais nada. Se ela editar qualquer coisa, um exemplar vendido terá de certeza.

Quanto ao vosso livro, acho-o tecnicamente muito bom e somente não acho que tenha um argumento que acompanhe todo o restante esforço. Para uma pessoa que trabalha na arte, penso que se o argumento melhorar, o trabalho de toda a gente melhora, é enobrecido. Sinceramente achei a vossa apresentação estranha e simplesmente disse o que me pareceu. Nada mais. Uma personagem aberta é um risco em termos de escrita de uma série, dá liberdades muito convenientes.

Não sou ilustrador e humildemente não tenho esse tipo de pretensões. No entanto, tenho amigos ilustradores que gostariam de ganhar a vida com esta profissão. E não será com o culto exagerado de fanzines que se irá chegar a qualquer lado. É preciso de tentar tornar o meio comercial e utilizar os fanzines como um meio experimental.

Vocês partilham um estúdio, o que de qualquer modo é algo que vos coloca num degrau acima como artistas.
No entanto, gostam da maneira como o mercado está em Portugal? Quero ser objectivo e o sucesso de um festival terá de ser medido pelos autógrafos dados, pelos livros vendidos e pelos visitantes. Como não conhecia o meio fiquei decepcionado.
Obrigado fernando pela pronta resposta e rectificação do que te levou a escrever o que escreveste, e claro mário, todos temos o direito e a liberdade de expressar as nossas opiniões. Mas também temos que assumir as consequencias do que fazemos e dizemos. O que aqui foi escrito por vós foi grave e ofensivo. a nossa apresentação em Beja não foi nada de especial o fato de macaco tem o valor que tem. Mas a vossa apresentação não foi melhor. Nem era suposto ser. As coisas são como são, cada um faz o que pode e sabe. Se o vosso estilo de operar é o do escárnio e o da opinião aberta sem palmadinhas nas costas, já se sabe que despertam reacções que se calhar não estavam á espera.
E Mário, eu não vos conheço mesmo. sei que tens uma loja em Lisboa, e que também estiveste em Beja. E tu a mim também não me conheces a não ser dos bonecos que tens visto, daí a arrogãncia, a inexatidão e a falta de elegãncia.
Se o vosso estilo de estar na bd é esse, eu cá vou continuar a trabalhar sem vos ligar nenhuma, alegremente a olhar para o meu umbigo...

Saudações bedéfilas
Rui Lacas
Pepe disse…
Caro Fernando Campos.
sei que você estava presente durante a apresentação do Fato-de-Macaco, mas confesso, não sei quem você é. Não fomos apresentados. A sua opinião é tão válida como qualquer outra. Apesar da censura brutal vigente nesta nação proviciana, todos nós somos livres de opinar. Quem disser o contrário é um imbecil. Enfim, sociedades à parte, tente entender a minha opinião.
Quando recebi o mail do Mário a informar da acyualização do blog, óbviamente que li de imediato. Como leitor, verifiquei que estava referenciado na sua Opinião, escrita. A minha reação é normal quando você afirma que as pessoas presentes na apresentação, eu mais o Lacas e o Jorge, não sabem o que fazem. Enfim Caríssimo, você é de facto novo neste mercado da ribeira e ainda não percebeu nada como o mercado funciona. O que lhe peço, um Enorme Favor, é que antes de opinar seja o que for, sendo isso um direito mais que democrático, tente estudar este mercado com muita paciência. Não é à primeira que nós podemos ser logo admirados e notados pelos demais que neste mercado andamos. Se a nossa apresentação foi estranha, tudo bem, é a sua opinião - e eu respeito como gosto e fico feliz - mas se verificar com o tempo e paciência, todas as apresentações são em sim um pouco estranhas. Pelo menos na BD em Portugal. Grandes casas editiriais elaboram e executam apresentações ainda mais berrantes, estúpidas e desprovidas de valor. Quando afirma que não tenho conhecimento sobre as coisas que faço, tem a presunção de que nos conhecemos. Desculpe, não me lembro de si. É óbvio que a única pessoa para falar de determinado trabalho, é o seu próprio Autor. É óbvio também que quando as coisas tem de ser apresentadas aos cromos de sempre que estão presentes, tem de ser o Autor a falar do seu trabalho e não o editor ou outros colaboradores que só podem falar da sua própria função. Enfim, meu Caro Fernando, espero que continue neste mercado da ribeira e se no futuro nos podermos conhecer, será da minha parte com todo o prazer.
Sobre a Susa, ela tem coisas publicadas e não é só em fanzines.
Em Portugal somos a coisa que somos por isso os fanzines são a mais valia na evolução de uma Arte solitária. Felizmente, graças às novas tecnologias, os fanzines estão a passar por novas fases que obriga os leitores e interesados a subirem a sua fasquia. Não seja tão repulsivo em relação a essas ferramentas de expressão. Mesmo na federação norte-americana, muitos dos grandes autores realmente norte-americanos estiveram ligados aos fanzines. Tenham sido eles impressos em fotocópias como em offset. Os fanzines não atrasam nada em Portugal, é a atitude imbecil de reacionários que atrasa toda a evolução social desta nação. A BD tuga desde 1900 e carquejas [pergunte ao Geraldes Lino que o saberá de certeza em que ano surgiu o primeiro fanzine de Bd, que creio ter sido feito pelo José Garçês por volta de 1940's.] tem fanzines de onde emergiram os nossos Autores. Actualmente, estão a surgir em fanzines mais trabalhados que se aproximam de edições profissionais, pelo menos a nível de objecto.
Os problemas entre desenhadores e argumentistas são os grandes clássicos da nossa BD.
Bom, meu Caro Fernando, a sua opinião ofendeu-me quanto baste, publicamente.
Sem mais, atenciosamente,
Pepedelrey
Fujiman disse…
hfOlá Fernando, como aqui foi dito pelo Lacas o mercado não é nada bonito, e já esteve pior...
Partes do pressuposto, comum a quem não tem muita experiência, paternalismos àparte. Que fazemos como queremos. Não. Fazemos como sabemos, no melhor dos casos.
Eu queria desenhar como o Miller e escrever como o Moore... (e posso engendrar uma miráde de outras combinações), mas o ponto não é esse, falas de mercado, mas consideras o nosso produto comercial, opá!... alarme de contradições...

Quanto a mercado, o nacional é sofrível, acho que, se existem pretensões é melhor que as façam viajar aos verdadeiros palcos.
Verificarão que são bem mais exigentes, o que só nos enriquece e nos dá força para continuar a investir no nosso...
Aqui (Portugal) não há dinheiro/interesses envolvidos, o que acaba por ser libertador criativamente falando, tem é que se entrar com a mão de obra...

"...O que a gente tem é que estar unida..."


Atenciosamente
JCoelho

P.S: Também curtia pintar como a Susa...
Mário Freitas disse…
Lacas, não refiras "vossa" opinião, porque eu escrevi sobre uma coisa e o Fernando escreveu sobre outra. De resto, tens absoluta razão numa coisa: a minha apresentação em Beja foi uma perfeita merda, porque não estava minimamente virado para ali naquele dia e porque estava a falar, na esmagadora maioria, para pessoas que já conheciam o projecto e os livros.

De resto, se dizes que não me conheces, deves andar algo distraído, porque já cá tiveste na loja umas duas ou três vezes (com o Pepe e o Jorge) e, para além dessas, falaste comigo outras tantas (a última das quais em Beja, à noite).

Continuo sem perceber as tuas acusações de "afirmações grave e ofensivas" e gostava honestamente que concretizasses e especificasses isso. E dispenso essas lições paternalistas e quase corporativistas: estimo que continues a trabalhar bem e sei que o sabes fazer; mas eu também não nasci propriamente ontem e já ando nisto há quase 10 anos. E hoje, com a tripla perspectiva de livreiro, editor e autor, tenho noções muito precisas do que é o "mercado" português de BD.

Mercado? Apetece-me: qual mercado?
Mário Freitas disse…
Pepe, podes tratá-lo por tu e se for preciso eu apresento-vos, homem! Agora, não é necessária tanta animosidade e levarem as coisas tanto a peito. Se vocês prezam a liberdade de expressão, eu também prezo muito e, por isso, acedi a publicar a opinião do Fernando e todas as vossas respostas, mesmo as que me feriram pessoalmente.

No meio de tudo isto, é quase caricato este esgrimir de argumentos entre pessoas de duas chancelas editoriais que estão, na prática, no mesmo barco, como tão bem o David Soares identificou numa crónica recente no seu blog. Passo a citar:

"A visão que eu tenho da banda desenhada é a de um género literário que é narrada com texto e desenhos, não a de um género pictórico enriquecido com palavras. A título pessoal, sempre me esforcei por valorizar o papel do argumentista na banda desenhada, com os álbuns que publiquei, algumas vezes exprimindo opiniões impopulares que, agora, são mais ou menos consensuais. Provam-no exemplos da BD mais interessante que está a ser produzida em português neste momento, editada pelas chancelas El Pep e Kingpin Comics: bandas desenhadas nas quais tanto o desenho como o argumento não se baixam em subserviência um do outro, mas que fruem com força pelas mãos dos respectivos desenhadores e argumentistas. E há de tudo ali: mundos autorais bem definidos com potencial comercial, argumentos inteligentes e arte que enche o olho. Era bom que houvesse ainda mais exemplos iguais, mas, aí, o problema é de mercado."

Curioso, não?
Fujiman disse…
Tá feito! Teremos de resolver isto com umas umas imperiais!

JCoelho
Mário Freitas disse…
Acho que sim! Esta merda da net, às vezes, só dá mal-entendidos.

Um abraço.
Fernando Dordio disse…
Pepe, não sintas de qualquer modo que eu disse o que disse para ganhar protagonismo. Não! Não o faço e se tiveres a oportunidade de conhecer, vais ver que sou uma pessoa que gosta até de estar longe do ruído e da ribalta.
Tal como o Mário disse, tenho a plena convicção que vocês têm trabalho de qualidade e se vires o que escrevi nunca disse mal de nada tecnicamente. No entanto li o Fato de Macaco e tive a minha opinião em termos de argumento. Expressei-a.
Se fores a diversos blogs e foruns e afins, vais ver que durante um ano de bd, já me chamram fachista, arrogante e foram mesmo proferidas ofensas pessoais muito graves e NUNCA proferi uma única palavra, deixando as pessoas falar o que quisessem. Mas naturalmente como ser humano que sou, claro que me senti injustiçado, mas tentei fazer as coisas como penso que devem ser feitas.

A minha opiniâo tentou ser constructiva e o que posso é, sabendo que conheces o Mário, é um dia combinarmos para nos conhecermos e eu pessoalmente e sem más interpretações das palavras, falarmos um pouco.

De qualquer modo, tal como o Mário disse a merda da net só dá problemas.
Véte disse…
:)
aiai
sem comentarios amigos, sem comentarios
Mário Freitas disse…
Véte, eu publiquei este teu comentário por uma questão de respeito, porque, como tu mesmo dizes, não fizeste qualquer comentário.

Esse teu "sem comentários" era sobre o quê, mais especificamente? És, obviamente, livre de discordar. Já mostrei que não fujo à discussão.

Um abraço.
Véte disse…
achei estranha toda esta discussão.pareciam andar a "picar" uns com os outros sem necessidade.gostos não se podem discutir,e opiniões são pessoais.mas a decisão final de se sentarem todos à mesa a beber uma bejecas e falar sobre o que gostam -BD- (seja de que estilo for)foi a melhor que podiam ter tomado.bebam uma por mim já agora, porque não posso ai ir. :)
paz a todos

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