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A mostrar mensagens de 2007

Crítica a SUPER PIG #1-3

Tomei a liberdade de transcrever aqui a excelente crítica que João Machado fez no fórum da Kingpin, sobre os números já publicados do Pig: " Antes de mais, é necessário notar que não escrevo esta crítica a pedido. É verdade que, conhecendo o Mário, senti desde o início que a ambição que ele teve e tem era notável e disse-lho. Mas não comprei nenhum livro dele. Recentemente apercebi-me que o "apoio moral" é insuficiente e até mesmo hipócrita em projectos que têm dificuldade em lucrar, e além do mais reparei que ninguém tinha feito uma crítica extensa ao SUPER PIG, o que só deu razão aos argumentos de injustiça do Mário. Esta recensão é o meu modo de fazer essa dupla justiça. Na introdução do David Soares ao SUPER PIG #1 são trazidos à liça os nomes de Ayn Rand e George Gissing, e involuntariamente dá-se o mote a uma tentativa de intelectualização, mesmo que o todo da introdução verse sobre a experiência da criação, lembrando-nos do momento áureo em que a história do pr

Pobre País o nosso...

"O abaixamento dos mínimos critérios de qualidade, vindo «de cima», é um poderoso factor de popularidade e sucesso.No fundo, ficamos todos mais iguais, não é? E não é esta «igualdade» o nome que se dá à inveja ressentida, que tão profundamente enche a nossa sociedade?" José Pacheco Pereira in "O Paradoxo do Ornitorrinco"

A Última História do OmniMaldicente

Há alguns meses, fui convidado a colaborar com a edição comemorativa dum (para alguns) saudoso fanzine da nossa praça. O resultado é as duas páginas que poderão ver a seguir, uma paródia "carinhosa" ao editor do fanzine em causa, que muitos reconhecerão facilmente. Dado o atraso com que a edição já se encontra face à data prevista de lançamento, e perante as minhas sérias dúvidas que alguma vez veja a luz do dia, decidi então compartilhar convosco esta singela aventura, escrita e legendada por mim e ilustrada pelo meu habitual colaborador Carlos Pedro. Cliquem nas imagens para ampliar e divirtam-se.

Inane Idade

Estou numa fase estranha. Incómoda. Tão depressa tenho rasgos súbitos de criatividade e concebo uma história inteira em poucos minutos, passando-a de imediato ao papel (que é, como quem diz, para o Word), como passo horas seguidas a vegetar com vontade de tudo menos de escrever ou criar o que quer que seja. Minto. Também não tenho qualquer vontade de fazer qualquer outra coisa que seja. Será depressão?, pensam os especialistas… Não sei, talvez… Ou desânimo puro e simples. Um desalento alienante que parece agravar-se com a idade e com a consciencialização crescente que o que me rodeia pouco ou nada evolui. Pior, sinto que muito passa rapidamente da estagnação ao retrocesso, e das várias coisas que me vêm à mente, vislumbro à cabeça a incapacidade crítica e analítica de esmagadora maioria dos fugazes habitantes do planeta Terra e, muito em particular, deste cantinho à beira-mar plantado que muitos alcunhariam patrioticamente de “nosso”. A facilidade com que se apregoa a genialidade ou a

SUPER PIG #3 - Teaser e Preview de 5 páginas

Caríssimos, 20 de Outubro aproxima-se a passos largos, pelo que está quase na hora de mais um SUPER PIG, o terceiro da série, que, afirmo desde já, será o melhor atá agora! Como uma imagem (neste caso 5) vale mais do que mil palavras, passemos de imediato ao que interessa: Teaser-poster, com arte de Carlos Pedro e Mário Freitas, e cores da Sara Ferreira: E um preview de 5 páginas interiores (3 a 7), com arte do super-imaginativo GEvan.., que será certamente do vosso agrado e uma grande surpresa para quem ainda não conhece. Espero sinceramente que gostem! Pela minha parte, olho para este número como a afirmação definitiva do Pig, o capítulo que revela grande amadurecimento por parte dos próprios autores, o elevar da fasquia a um patamar claramente mais alto e mais profissional. Por mim, não tenho dúvidas: isto é de longe a melhor coisa que já escrevi (e não, perdoem-me a imodéstia, mas não acho que isso fosse assim tão fácil). Para os que apelidavam o Pig de ricaço fútil e

Será da família?

E este senhor de ar distinto e austero? Será da família? A trama adensa-se...

Bizarro, no mínimo...

Mas, mas... o que será isto? Bizarro, no mínimo... ;)

ENSAIO SOBRE A VACUIDADE

Grassa o hábito enervante em Portugal de se procurar transformar poesia – ou meras aspirações poéticas - em banda desenhada (ou ilustrações, mais ou menos sequenciais, que alguns julgam poder designar de banda desenhada). Assiste-se esse pleno direito aos seus autores ou adaptadores; isso nem se discute. Discute-se, sim, a qualidade mais do que questionável da esmagadora maioria dessas tentativas, mesmo que surjam sempre meia-dúzia de iluminados a proclamar a genialidade da coisa. Sim, porque bastas vezes é de uma “coisa” que se trata, sem qualquer ponta de genialidade ou, sequer, qualquer ponta de qualidade estética, artística e literária. Em resumo, sem qualquer ponta por onde se lhe pegue. O problema é claro: se um bom poema não garante, obviamente, uma boa banda desenhada, então um mau poema descambará quase certamente numa péssima banda desenhada; pior, descamba muitas vezes numa não-banda desenhada. Para agravar a coisa (lá volto eu à “coisa”), parte significativa destas intençõ

Hoje é dia de C.A.O.S.!

Depois de alguns posts dedicados ao Pig, hoje é dia de destapar a burka ao C.A.O.S. Livro 3, que concluirá este primeiro projecto conjunto do Fernando Dordio, do Filipe Teixeira e do Carlos Geraldes ( with a little help from yours truly ). Assim, aqui se revela a primeira página da próxima edição (a lançar em Outubro), uma continuação directa do final empolgante do livro anterior. Preparem-se desde já para toda a verdade por detrás da Operação C.A.O.S.: todas as revelações, todas as conexões escondidas entre os diversos peões que se posicionaram ao longo da história, e um final que dará certamente que falar e que pensar. Espero que gostem!

3ª feira e o 3º estágio da escrita

"É 3ª feira/a feira da ladra/abre hoje às 5 da madrugada", já cantava Sérgio Godinho e vou ser obrigado a confiar na sua palavra, até porque nunca estive na feira da ladra, muito menos às 5 da manhã. Posto isto, e como não encontro mais nada útil para dizer (pelo menos, nada que possa ser aqui publicado), decidi compartilhar convosco o argumento da página 7 do Super Pig #3. Já inclui tudo, inclusive o tal 3º estágio da escrita que aflorei no post de ontem (aliás, esse 3º estágio dessa página foi precisamente o trabalho de hoje, 3ª feira, e isto para o Pig 3; só faltava mesmo isto ser a página 3 e seria forçado a consultar um perito em numerologia... ou um psiquiatra...). Cá vai então: "Pg.7 Vinheta horizontal a toda a largura, dividida em dois painéis diferentes contíguos. A acção desenrola-se da esquerda para a direita: 1.1 - Franco desce escadas, na direcção do leitor (sub-vinheta mais pequena à esquerda). 1.2 - Franco nos calabouços da PJ, deslocando-se da esquerd

2ª feira e os 3 estágios da escrita

Odeio a 2ª feira. É um dia de neura, para mim. Sinto-me mais cansado que à 6ª (ou ao Sábado, que eu trabalho muitas vezes 6 dias por semana), sinto-me inerte e sem capacidade de reacção, em resumo, um perfeito mono de jardim. Isto é tanto pior quando tenho 3 histórias para escrever, que me deveriam pôr a mexer (porque eu até gosto de escrever... o problema está mesmo em começar... sobretudo à 2ª feira). 3 histórias em estágios completamente díspares de evolução: o Pig 3 está todo delineado e praticamente todo escrito até ao último diálogo, pelo que falta apenas ir definindo a composição de cada página, à medida que eu o GEvan.. vamos progredindo. Depois, há outra história em 12 páginas, para um projecto especial a anunciar em breve, que já está totalmente definida página a página, faltando agora os diálogos e as narrações. Finalmente, há ainda outra história curta em 6 páginas, a incluir como back-up no Pig 3, que está mais ou menos definida na minha cabeça, mas que urge pôr no pape

All new, all different, SUPER PIG!

And now, for something completely different... O novo SUPER PIG! Em Outubro, ao seu dispor.

UMA CRÓNICA VINDA DE BEJA - Por favor, contem-me histórias!

Por Fernando Dordio Campos Como o Mário constata no seu artigo anterior, existe um claro divórcio entre o público e os eventos de BD realizados de Norte a Sul do país. Não penso ser na divulgação que se encontra o verdadeiro problema, mas fundamentalmente no conteúdo da Banda Desenhada feita em Portugal. Indo ao evento de Beja e convivendo com seus os habituais frequentadores, senti-me mal, senti-me um bocado desprezado. Não é que me sinta mal com isso, mas a meu ver essa sensação explica muita coisa. Eu sou orgulhosamente argumentista, gosto de escrever, já escrevi para diversos meios por prazer e gosto fundamentalmente de contar histórias. Procuro o melhor para o processo criativo, indo a Workgroups, lendo livros e colocando a minha escrita à prova, escrevendo para meios que não conheço e que por uma questão de desafio me atraem. Há cerca de dois anos não sabia nada de argumento de BD, mas a curiosidade fez-me estudar o tema e acho que actualmente consigo contar uma história de um

A carteira de cromos repetidos

Maio chega ao fim. Foi um mês eclético, cheio de lançamentos, apresentações, salões e festivais mais ou menos micro. E, confesso, estou estafado. Após uma montagem de exposição e de um lançamento estafante, feitos numa dia de chuva impiedosa; depois de dois fins-de-semana bem comidos e bebidos em Beja; e a seguir a uma noitada 50% bedéfila em Oiã, concelho de Oliveira do Bairro, distrito de Aveiro, confesso: estou estafado. E valeu a pena, perguntam vocês? Talvez. Sim e não, mais correctamente. Vale sempre pelo "conbíbio" (como narrava a anedota), pelas comezainas, copos e larachas trocadas com boa gente como o Pepe, o Lino (quando não amua), o Pedro Moura ou o Zé Carlos Fernandes. Mas falando francamente: será que a BD nacional avança alguma coisa, o que quer que seja, com este tipo de salões e eventos? Pedindo emprestada a brilhante analogia feita pelo JC Fernandes no BD Jornal, é nítido que o mundo da BD portuguesa caberia numa colecção de 200 cromos bem contadinhos. Mas

Estudando o regresso

Pobre blog abandonado Jaz triste e desamparado Longos meses de jejum Posts não houve nenhum Se isto fizesse menos sentido, não resistia à tentação de assinar "Pedo Rocha Nogueira", essa sumidade da BD nacional...

Super Pig #1 e C.A.O.S. Livro Um agora em WEB COMICS!

Caríssimos, 2007 começou, e nada melhor do que arrancar desde já com um dos passos previstos e prometidos para as edições da Kingpin Comics: os WEB COMICS. Como já noticiei a semana passada, as primeiras edições do Super Pig e do C.A.O.S. já estão praticamente esgotadas. Assim, este é o momento certo para dar a possibilidade a todos os que não tiveram oportunidade de adquirir estas edições de as lerem enfim. Não esqueço naturalmente os que não compraram os livros, pura e simplesmente porque não quiseram ou acharam que não iam gostar; desafio-os então a não perderem esta oportunidade de os lerem agora de borla e verificarem que, se calhar, o juízo prévio não era o mais correcto. As edições integrais dos dois livros (incluindo manifestos, making ofs e afins) estão já disponíveis para download gratuito em formato cbr, bastando para isso clicarem nos links seguintes: SUPER PIG #1 C.A.O.S. Livro Um Caso não tenham software compatível com este formato, poderão consegui-lo (gra